Há duas décadas, a incorporadora Melnick faz um trabalho comunitário por meio da plataforma I Love PoA. Há um ano, vem preparando o Instituto Melnick, que será lançado nesta quarta-feira (26), data de aniversário da capital gaúcha. O foco é a própria cidade.
— O propósito da empresa é transformar a vida das pessoas por meio de grandes projetos imobiliários, agora estamos somando o instituto, para transformar a vida dos porto-alegrenses — afirma Leandro Melnick, CEO da empresa.
Os três pilares centrais de atuação serão espaços urbanos (praças e parques), desenvolvimento de comunidades em situação de vulnerabilidade e arte urbana. A líder será Camila Olivera Melnick, esposa do CEO e mobilizadora da ação que levou à ação da empresa para implantar o projeto Favela 3D, da Gerando Falcões, à Vila Costaneira, em Eldorado do Sul. Na época, em um jantar na casa do casal, foram levantados R$ 11 milhões para bancar a transformação.
— Tem muita gente querendo ajudar que, muitas vezes, não tem meio, método. Como a Melnick é muito relacionada tanto a pessoas quando a empresas, tem capacidade de liderar movimentos somando nossos esforços com outras entidades, empresas e empresários — avalia Leandro.
No âmbito de parques e praças, detalha o empresário, a ambição é criar espaços de excelência na cidade, com a participação dos moradores do entorno.
— A gente vem conseguindo cuidar dessas praças com algum nível de melhoria a cada ano. Agora queremos transformar algumas praças em referências absolutas, que inspirem outras. Se der certo, queremos em um ano, um ano e meio, ter praças no nível das melhores do mundo, com conexão wifi pública e gratuita. Vamos focar em duas ou três, para passar de praças bem cuidadas para praças de excelência, aumentando o engajamento da comunidade na manutenção — detalha.
Na atuação em comunidades vulneráveis, a referência é o trabalho da Gerando Falcões, que já está presente em 10 comunidades, e a Ascendendo Mentes, espécie de braço gaúcho da entidade criada por Edu Lyra.
— É um projeto-piloto. Se tiverem capacidade de executar, tem tudo para continuar com uma parceria longa com eles. Nós e a Gerdau não somos apenas os gestores, estamos acompanhando o dia a dia da evolução na Vila Costaneira.
No eixo da arte urbana, há outra grande ambição: transformar Porto Alegre em "cidade das artes". Leandro defende a ideia de transformar as esculturas que hoje são obrigação legal das construtoras de grande projeto, mas ficam restritas ao espaço privado, em grandes obras de arte para apreciação pública:
— Porto Alegre já é uma cidade cultural, tem museus, eventos, a Bienal. Queremos levar essa veia para onde o cidadão habita. Já entregamos uma série de esculturas de pequeno e médio porte, queremos fazer grandes entregas, com artistas de maior reconhecimento ou alguma relação com Estado, com obras grandes em áreas públicas. Serão obras de grande impacto nas esquinas das cidades.
A primeira já tem estreia prevista para uma grande artéria da Capital, a Avenida Nilo Peçanha. Como a Melnick tem dois projetos, só falta definir a altura em que será instalada. A coluna perguntou quais praças podem ser as primeiras a virar referências, mas Camila avisou:
— O instituto já está em funcionamento, com projetos desde o ano passado e outros em andamentos. Mas nesse caso ainda estamos em definição.