
A liberação de saques do FGTS e do PIS/Pasep, confirmada nesta quarta-feira (24), expõe a crise de demanda por produtos e serviços no país. Diante do baixo consumo, um dos reflexos do alto nível de desemprego, o governo Jair Bolsonaro tenta dar impulso às compras.
A fraca demanda não se restringe ao varejo. No segundo trimestre, esse foi o principal problema enfrentado pela indústria gaúcha, apontou nesta quarta-feira a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Apesar das dificuldades de demanda, a entidade relatou que as expectativas para os próximos meses são mais positivas.
O governo federal calcula que a liberação de até R$ 30 bilhões do FGTS e do PIS/Pasep, neste ano, resultará em incremento de 0,35 ponto percentual ao Produto Interno Bruto (PIB) do país ao longo de 12 meses.
Há economistas que projetam impacto menor, já que não existe garantia de que todos os saques serão usados para consumo. Ou seja, a medida deve beneficiar a procura por produtos e serviços, sem resolver todos os problemas na área.