A cratera aberta na freeway na tarde de domingo (17) nas imediações de Glorinha exige mais do que conserto. Embora a origem do buraco não seja "culpa" da concessionária, é, sim, de sua responsabilidade.
O contrato de concessão prevê que a missão é manter as condições de trafegabilidade da estrada. Depois da enchente que chegou a deixar trechos mergulhados, sem contar a erosão provocada por dias seguidos de chuva forte, a suposição de todos os usuários era de um exame aprofundado –literalmente – dessa situação.
O que ocorreu no domingo é que usuários que pagam R$ 22 para ir e voltar do litoral ficaram horas retidos em congestionamento. Em um Estado em que o pedágio enfim havia se tornado um custo melhor compreendido, é um tiro no pé de todo o sistema de concessão.
A prevenção de problemas, especialmente em períodos em que é possível prever movimento intenso na estrada, faz parte do contrato. As cabines de pedágio já não deram conta do tráfego em feriados menos praianos, com temperatura mais baixa e céu mais nublado.