Bastou a informação de que o Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,47% em abril, para abrir nova temporada de revisão sobre o desempenho anual do Brasil. E de busca por medidas que possam evitar a volta do país à recessão técnica.
Embora um número abaixo de zero fosse esperado, havia expectativa de que fosse apenas levemente negativo. O resultado ficou muito acima da média das previsões, de recuo próximo de 0,2%. O Itaú, mais cauteloso, como os grandes bancos, reduziu sua projeção para a alta no PIB de 2019 de 1% para 0,8%.
Corretoras menores, como a Necton, cortaram a previsão de crescimento no ano para até 0,5%. Um dos efeitos foi de que as perspectivas de redução do juro básico – uma das poucas opções disponíveis para estimular a economia – tenha se tornado consensual no mercado financeiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tem reunião para definir a taxa Selic nas próximas terça e quarta-feiras. Um corte já no dia 19 não é provável, mas é possível que ao menos uma poda futura já seja sinalizada no comunicado que costuma ser emitido ao final da reunião.