Umas das líderes da expansão da inteligência artificial no país, a gaúcha Zenvia é especializada em chatbots, assistentes virtuais para sites ou aplicativos que conversam com os clientes. Faturou R$ 236 milhões em 2017. O CEO da companhia, Cassio Bobsin, fala sobre os planos da empresa, que cresce a taxas médias de 40% ao ano.
Como está sendo preparado o futuro da empresa?
Como plataforma de comunicação, ajudamos as empresas a melhorar a experiência dos seus clientes. A gente provê tecnologia para interagirem melhor. Os clientes querem que as empresas interajam da forma no canal que desejam e, de preferência, o mais personalizado, rápido e simples possível. Vemos que existe um grande espaço para as organizações conseguirem entregar isso para os seus clientes.
A Zenvia teria potencial para ser um 'unicórnio' brasileiro?
Somos movidos pelo nosso propósito, que é simplificar o mundo. Significa melhorar a vida das pessoas por meio da tecnologia. A gente quer fazer isso cada vez mais, impactar pessoas, ajudar mais empresas e a consequência disso é que crescemos. Ser um "unicórnio" é uma forma como o mercado vai achar um jeito de dar um valor que chega em um patamar "x", mas o mais importante para nós é criar valor para as pessoas, trazer inovação. O valor é uma consequência.
Como se tornaram referência em serviço com inteligência artificial?
Levamos tecnologias que parecem ser muito complicadas, mas tornamos ela simples de implantar nas empresas. Nosso papel é levar a tecnologia para pessoas que não são de tecnologia e que elas possam usar nos seus negócio. A nossa liderança passa muito por isso, em descomplicar o uso da tecnologia. Tornar muito fácil a aplicação dela. Assim, fomos ganhando espaço. Estamos em todo o Brasil e temos mais de 5 mil empresas que são nossas clientes. E conseguimos fazer com que essas empresas impactem mais de 200 milhões de pessoas. Nos próximos três anos, queremos ampliar a nossa atuação e trabalhar fora do Brasil.
Qual foi o maior desafio para desenvolver tecnologia própria de inteligência artificial?
O desafio é que há poucos profissionais habilitados para fazer isso. Então, trabalhamos muito com parcerias, formação de profissionais e trazendo pessoas que tenham interesse nesse tipo de tecnologia.
Ha mais movimento para dar visibilidade à inovação produzida na Capital. Qual seu papel nisso?
Participando tanto do Pacto Alegre como do futuro Instituto de Inovação. Apoio essas iniciativas que têm como objetivo colocar a cidade como referência global. Acho que isso é importantíssimo para a Capital e é importante que todo mundo que tenha condições de contribuir o faça. No fim, todos vão construir algo muito legal e que a gente se orgulha de fazer parte. Tenho atuado como pessoa física, e vamos buscar, ao longo dos próximos ciclos de evolução da Zenvia, combinar nossas iniciativas com as do Pacto Alegre, para conseguir algo que gere valor para esse trabalho que vem sendo feito por várias instituições e empresas.