O dólar comercial voltou a fechar abaixo de R$ 3,70 nesta segunda-feira (22), como havia ocorrido na quarta-feira da semana passada, que acabou se tornando a quinta seguida de baixa no câmbio. A moeda americana terminou o dia cotada a R$ 3,687, depois de ter registrado a mínima do dia em R$ 3,675, perto do meio-dia. A bolsa de valores acumula alta de 1,75% perto do horário de encerramento das negociações, acentuando a motivação eleitoral do dia de animação no mercado financeiro. Maior referência internacional para o pregão doméstico, a bolsa de Nova York passou o dia em baixa moderada, para terminar em queda de 0,5%.
Não houve impacto aparente da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) à MDA, que apontou vantagem menor (14 pontos) de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT). Os papéis do chamado "kit eleitoral" também evidenciam a reação focada nos desdobramentos da sucessão presidencial: no final da tarde, pouco antes do fechamento, os da Eletrobras subiam 3,7%, os da Petrobras, 1,9%, e os do Banco do Brasil, 0,9%. É bom lembrar que as ações da estatal de energia elétrica haviam sido muito afetadas por declarações do candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre a privatização da empresa.
Há um projeto que prevê a venda de todo o conjunto da estatal, formado por ativos de geração (hidrelétricas e térmicas), de transmissão (linhas e subestações) e distribuidoras que foram "penduradas" sob seu guarda-chuva para não quebrarem. Bolsonaro, porém, afirmou que a área de geração, a mais valiosa, não será vendida "de jeito nenhum".
Enquanto o mercado especula sobre o futuro do Banco Central (BC), o candidato afirmou, no final de semana, ainda não saber se o atual presidente, Ilan Goldfjan, será ou não mantido. "Não sei se ele é um bom nome, quem vai ver isso é o (economista) Paulo Guedes". Neste ano, o segundo ano consecutivo, Ilan foi premiado como melhor presidente de bancos centrais da América Latina pela publicação inglesa Global Markets..