Depois de muitos trimestres de sustos com reavaliações de ativos, perdas contábeis e pagamentos imprevistos, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (8) um resultado que surpreendeu por ser positivo. O melhor trimestre em cinco anos, desde 2013, quando ainda não havia Operação Lava-Jato, foi visto como o primeiro "limpo" da estatal, não no sentido de estar liberto de propinodutos, mas por não incluir despesas inesperadas.
O lucro líquido da Petrobras de janeiro a março foi de R$ 6,96 bilhões, alta de 57% em relação ao mesmo indicador do mesmo período de 2017, que havia sido de R$ 4,45 bilhões. Parte do resultado acima das expectativas dos analistas se deve à entrada de recursos de venda de ativos, o projeto que a estatal chama de "desinvestimento".
Faz parte desse programa a venda de 60% de duas refinarias no Sul, a Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, e a Getulio Vargas (Repar), de Araucária (PR), além da mesma proporção de duas outras instalações do mesmo tipo no Nordeste. A intenção da Petrobras é concluir essa venda até o final deste ano, mas os recursos só deverão entrar no caixa da estatal ao longo de 2019.