Se antes de Donald Trump “oficializar” sua campanha contra Amazon a empresa puxava a queda nas ações das big tech, depois de seu tuíte desta segunda-feira (2) o tombo se agravou. Na semana passada, informações de bastidores que se tornaram públicas abriram a fase de desmaio coletivo nos papéis do grupo de empresas conhecido como Faang – Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google (Alphabet).
Havia expectativa de que o tombo fosse episódico, mas a semana começou com as empresas mergulhadas em novas quedas que passaram de 5%, caso da Amazon. Pelo Twitter, Trump afirmou que “apenas os tolos, ou pior, dizem que nosso sistema postal ganha dinheiro com a Amazon. Eles perdem uma fortuna e isso será mudado”.
Na quinta-feira (29), a suspeita de que Trump entrasse em cruzada anti-Amazon fez todas as ações do pacote sofreram, embora cada uma tivesse um fator individual para o declínio.
O sinal claro de Trump de que a empresa de Jeff Bezos, dono do Washington Post, terá de enfrentar sua fúria, provocou nova queda. O declínio das Faang causou queda de 2,74% na Nasdaq, onde essas ações são negociadas. Afetou a bolsa de Nova York, que caiu 1,9%, pressionada ainda pelo anúncio da retaliação da China à imposição de tarifas de importação de Trump. A bolsa brasileira seguiu a referência e recuou 0,82%. Com os mercados sob tensão, o dólar voltou a subir para R$ 3,32.
Somadas, as Faang tinham valor de mercado ao redor de US$ 3 trilhões até a semana passada. Só a Amazon perdeu quase US$ 100 bilhões. O que inquieta investidores é o fato de as big tech terem aumentado muito seu peso no mercado de capitais. Esse fenômeno se intensificou no ano passado e responde por boa parte dos ganhos em Nova York desde então. Com três grandes quedas sucessivas, a Nasdaq já devolveu todos os ganhos de 2018.