Na definição da Bloomberg, agência especializada na cobertura do mercado financeiro, foi um "barulho pequeno, mas sonoro". A campanha brasileira contra a série Mecanismo, da Netflix, acabou afetando o valor das ações da empresa negociadas na bolsa de tecnologia, Nasdaq. Em uma semana em que quase todas as "big techs" entraram em viés de queda, sobrou para a empresa de streaming de vídeo.
As grandes companhias de tecnologia têm até um acrônimo para chamar de seu – FAANG, de Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Alphabet Google. Antes da crise, tinham valor de mercado somado de US$ 3 trilhões, quase duas vezes o valor do PIB do Brasil. Até pela alta capitalização, essas empresas acabaram se tornando faróis do mercado financeiro. Embora ainda não se fale em crise sistêmica, chama atenção o volume das perdas acumuladas nos últimos dias.
Ontem, a Netflix perdeu 5% com a campanha #deleteNetflix, copiada da ação contra o Facebook. Só não ficou em pior situação que a Amazon que chegou a encarar uma perda de 7,5% durante o dia, que encurtou para 4,8% porque os investidores acabaram identificando uma possibilidade de ganhos com a compra das ações. Na origem, estaria uma suposta "perseguição fiscal" engatilhada por Donald Trump.