No último levantamento de 2017, o Focus – Relatório do Mercado do Banco Central mostrou média de 1% nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que acaba de acabar. Houve variação pequena ante a semana anterior, que havia tocado em 0,98%, mas é um salto gigante, em termos proporcionais, à fase mais pessimista, entre junho e julho. No período que se seguiu à delação da JBS, as estimativas haviam encolhido para 0,34% – o piso do ano, que se estendeu por quase dois meses (sete semanas).
O viés de baixa durou até setembro, quando foram divulgados os resultados do PIB do segundo trimestre, que provocaram rápida e expressiva mudança de perspectiva. E por que isso importa, se 2017 terminou há três dias? Porque quanto maior tiver sido o avanço no ano anterior, maior será a transmissão positiva para este (carrego estatístico). E porque a projeção para o PIB não atingia 1% desde novembro de 2016. Basta para um país que perdeu quase 10 pontos em dois anos? Certamente não. Mas é o primeiro passo.