Há convergência nos balanços de vendas de Natal entre entidades representativas do comércio, locais ou nacionais. Os dados confirmam a torcida para que 2017 estabelecesse uma virada na tendência anterior, declinante. O mais animado foi o Indicador Serasa Experian de Atividade, que apontou reversão de três anos consecutivos de queda. O aumento de 5,6% nas vendas de 18 a 24 de dezembro, comparado ao mesmo período de 2016, foi o melhor desempenho desde 2011.
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) de vendas a prazo mostram que o Natal elevou as vendas em 4,72%, muito acima dos resultados de Páscoa (0,93%) e Dia das Mães (-5,50%). Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o resultado significa que o fim da crise está próximo.
Diante da alta de 6% nas vendas em relação ao Natal de 2016, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) chegou a prever que o varejo recupere ainda em 2018 o nível pré-recesssão.
No Rio Grande do Sul, as compras de última hora foram recordes, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), e ajudaram na alta de 5%. No comércio em geral, os porto-alegrenses tiveram menos apetite por consumo. Pesquisa de Sindilojas e CDL da Capital apontou avanço mais modesto, de 2,5% na comparação com 2016.
Presidente do Sindilojas, Paulo Kruse pondera que o aumento não foi maior devido à demanda na Black Friday, na última semana de novembro. Alcides Debus, presidente do CDL POA, avalia que grandes redes tiveram resultados expressivos, mas pequenos e médios varejistas ficaram abaixo do esperado.