Inéditas até a Operação Lava-Jato no Brasil, indenizações bilionárias são resultados comuns de processos judiciais nos Estados Unidos – para o bem e para o mal. Se de um lado há maior proteção ao consumidor, ao cidadão e aos acionistas, por outro ajudou a criar uma indústria que se move por regras nem sempre éticas. O cinema já contemplou os dois lados desse fenômeno, que ganhou novo significado depois do acordo de US$ 3 bilhões aceito pela Petrobras, o maior de uma empresa estrangeira nos EUA.
Conduta de Risco (2007)
Michael Clayton (título original) é um advogado que faz o serviço sujo para uma grande empresa de advocacia de Nova York que tem clientes de ética flexível. Além de expor mecanismos ilegítimos de busca de compensação – com as licenças ficcionais de praxe –, o filme mostra os pesados jogos em torno de disputas por um acordo de indenização multibilionária.
O Júri (2003)
Aborda como uma intenção legítima pode acabar se servindo de manobras escusas para alcançar uma alta indenização – e como há mecanismos semelhantes acionados para evitar o pagamento. Faz foco nas manobras para escolha do júri e em seus desdobramentos, uma tática que permite o surgimento de outros interesses em torno do preço do veredito.
Erin Brockovich (2000)
Baseado em um caso real, parte das agruras de uma mãe solteira em busca de emprego para mergulhar nos escândalos de contaminação química e nas artimanhas da defesa de uma grande empresa que manipula deliberadamente vidas humanas. Na época, a indenização bateu recorde com "apenas" – considerados os valores das maiores até hoje – US$ 333 milhões.