Tomada na quarta-feira (6), a decisão de Donald Trump de declarar Jerusalém capital de Israel foi interpretada, por não poucos analistas, como uma medida não direcionada ao Oriente Médio, mas ao público interno. O objetivo da iniciativa com impacto político e econômico seria contemplar a crença de fundamentalistas cristãos – em resumo tosco de ideias toscas – de que a levaria ao apocalipse e, assim à volta do salvador. Embora o respeito à liberdade de credo seja um valor universal, o risco aqui é que a a religião levada a extremos conduza a más políticas.
O Conto da Aia (2016)
A série baseada no livro de Margaret Atwood é mais uma distopia, mas uma como nenhuma outra. A trama dá arrepios nestes tempos: em Gilead, uma sociedade totalitária que era parte dos Estados Unidos, há um governo religioso que mata qualquer "desviante" – padres, judeus, comunistas – e trata as mulheres como propriedade do Estado.
Alias Grace (2017)
O único motivo de a série da Netflix estar aqui é o fato de ser baseada em outro livro de Margaret Atwood e mostrar que a autora vê a questão de gênero de pontos de vista muito diferentes. Baseada em um caso ocorrido no Canadá em meados do século 19, discute, mais do que religião, cultura e dominação.
Camino – Um Caminho de Luz (2008)
Em registro um tanto mais sutil, mas igualmente dramático, o filme espanhol aborda conceitos e práticas do Opus Dei, ramo católico muito forte na Espanha, de onde é o filme. Camino é a filha caçula de uma família que se torna crescentemente fervorosa e acaba sendo manipulada em nome da fé.