Em pleno feriado do dia 2, o Brasil ficou sabendo que caiu da 79ª para a 90ª posição no Global Gender Gap Report 2017. Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial – sim, a entidade que organiza o encontro anual de Davos –, analisa a igualdade entre homens e mulheres em 144 países. Na primeira edição, de 2006, o Brasil estava em 67º. O relatório menciona igualdade de condições nos indicadores de saúde e educação e "modestas melhorias" em paridade econômica, mas aponta acentuada discrepância em representatividade política, o que derruba o índice do Brasil. O tema não pode ser mais anos 1960, como mostra a lista de filmes desta semana.
Foxfire (2012)
O título original se refere a um grupo secreto, formado só por garotas. É criado por um grupo de profissionais cansadas de abusos que sofrem diariamente na fábrica em que trabalham. O subtítulo em português – Confissões de uma Gangue de Garotas – mostra quão longe pode ir a frustração provocada por humilhações desse tipo.
Revolução em Dagenham (2010)
Baseado em fatos reais, mostra a organização de um grupo de trabalhadoras da Ford em Dagenham (Reino Unido). Um pequeno grupo toma coragem e lidera um manifesto contra a discriminação e o machismo na unidade. A greve foi responsável pela lei criada em 1970 no Reino Unido que determina equiparação salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções.
Desde que Otar partiu (2003)
Outra forma de ver a luta de mulheres por sobrevivência em ambientes hostis – no caso, em Tbilisi, capital da Geórgia, pouco depois do fim da União Soviética. O Otar do título é um médico que consegue emprego como pedreiro na França, dada a grande crise econômica e social da república. Tem ecos de Adeus, Lênin, em registro mais pesado.