A variação de 0,1% registrada pelo IBGE para o Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre não pode nem ser chamada de "alta". Foi o que bastou para não mergulhar de novo no negativo. Lá se vão três trimestres seguidos fora do vermelho, mas o resultado em si não foi muito animador.
A melhor notícia da atividade econômica do período entre julho e setembro foi o ressurgimento de um indicador com nome pouco atrativo – Formação Bruto de Capital Fixo –, mas grande importância. O dado reflete se as empresas estão ou não investindo em reforço da produção, isto é, se estão construindo, comprando máquinas e equipamentos, preparando-se para crescer.
Entre julho e setembro, depois de 15 trimestres seguidos de queda – inclusive o primeiro e o segundo, que haviam registrado resultados gerais positivos –, o investimento retornou. Magros 1,6%, como mostra a tabela acima. Mas empinou depois de apontar para baixo durante três anos e meio. Se há investimento, haverá crescimento lá na frente, o que não havia sido visto até agora.