Para que o dia não terminasse pior do que poderia ter sido, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, classificou de "especulação" a informação de que o subterrâneo do rombo poderia chegar a R$ 170 bilhões, tanto para este ano quanto para o próximo. Agora, é cobrar que o Planalto não ouse, de fato, chegar a semelhante cifra. Na contramão dos falcões das contas públicas, dos quais é uma espécie de Mestre Yoda, Raul Velloso não vê tanto motivo de estresse na redefinição da meta fiscal.
Velloso disse à coluna que o risco de erro na calibragem é inerente à decisão inicial do governo de não fazer "ajuste predatório". O especialista pondera que o risco Brasil não piscou com as notícias de revisão, o que significa que não há motivo para rebaixamento de nota de risco por conta do aumento na dívida em relação ao PIB, indicador número 1 de solvência soberana:
– O Brasil já provou que consegue reduzir a relação dívida/PIB. Agora estamos devolvendo o que foi reduzido.