É no intervalo de 0,4 ponto percentual que mora a diferença entre a projeção do governo, revisada no orçamento, e a mais recente estimativa do mercado financeiro, apresentada nesta segunda-feira, para a esperada reação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 1,6%, e analistas consultados pelo Banco Central (BC) estacionaram em 1,2%.
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Uma conta feita pela coluna para ilustrar a diferença situa a “falta” de R$ 23,8 bilhões nos cálculos do governo. Isso que a projeção de avanço de 1,2% é a mais otimista feita neste ano para o indicador de 2017. Na ponta oposta, a menor foi registrada em 15 de abril (0,2%), dois dias antes da votação na Câmara dos Deputados do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
As duas projeções ainda carecem de confirmação, mas se a diferença for real, será preciso correr atrás de R$ 23,8 bilhões para fechar a conta sem a famosa alta de impostos.