Uma ação marcante na história do Inter foi a demissão de um técnico semifinalista da Libertadores. Exatamente no dia 28 de maio de 2010, o então vice-presidente de futebol Fernando Carvalho, seguido de seus diretores, se reunia com o uruguaio Jorge Fossati para comunicá-lo da saída. A medida, que poderia desestabilizar o grupo de jogadores e enfurecer a torcida, terminou com o bi da América três meses depois.
Era uma sexta-feira à noite quando Fernando Carvalho chegou ao apartamento de Jorge Fossati, em Porto Alegre, para uma reunião de última hora. Os diretores Roberto Siegmann e José Claudio Lima, o Cuca Lima, também marcaram presença. Oito dias antes, o Inter eliminara o Estudiantes, na Argentina, em um jogo dramático, conquistando uma vaga para a semifinal da Libertadores.
O problema foi que o rendimento da equipe estava bastante abaixo. Um dia antes da demissão, o Inter levou uma virada do modesto Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, perdendo por 3 a 2. Vasco que era treinado por Celso Roth, que seria justamente o substituto de Jorge Fossati.
Trocar um treinador semifinalista de Libertadores e contratar o contestado Celso Roth agitou aquele fim de semestre em 2010. No final, em agosto, o Inter conquistaria o bicampeonato da Libertadores. Nunca será possível descobrir se a troca foi fundamental para garantir o título. O fato é que, do jeito que aconteceu, o final foi feliz para os colorados.