Fui olhar o número de finalizações a gol do Grêmio nos últimos jogos do Gauchão. Sabia que eram poucas. Nas últimas quatro partidas foram apenas 17 chutes nas metas de Caxias e Juventude.
O que chama atenção é a eficiência. O Grêmio marcou oito gols, ou seja, teve quase 50% de aproveitamento. Diego Costa é o avalista desses números impressionantes. A capacidade de chegar ao ataque e fazer gols passa muito pelo centroavante, que marcou seis gols em seis jogos.
Mas o Grêmio é mais do que os gols de Diego Costa. Ele e Pavon foram incrementos importantes para a conquista do título. Mas ninguém jogou mais do que Cristaldo. O camisa 10 foi decisivo com passes e gols.
No pior momento do time na reta final do campeonato fez o gol no estádio Centenário quando a equipe era dominada pelo Caxias. Na fase anterior, já havia feito um golaço para superar a retranca do Brasil de Pelotas.
A coroação veio no toque de categoria para tirar do goleiro e empatar a finalíssima na Arena. A melhora do Grêmio passa pelo crescimento de Cristaldo. Ou, se preferir, o Grêmio vai bem quando Cristaldo está bem.
Ainda que tenha sido um time preferencialmente de transição rápida, quando joga com a bola no pé, o Grêmio fica mais robusto e preenchido. Muito disso passa pelos pés do craque do campeonato, o argentino Cristaldo.