Não, o Grêmio não perdeu para o Huachipato só pelo desgaste dos jogadores. Nem foi derrotado na estreia por causa da altitude. Tampouco venceu o Juventude por ter descansado os jogadores. Seria simples demais esse diagnóstico.
O Grêmio perdeu em La Paz por que escalou um time muito descaracterizado, foi heptacampeão graças ao talento de seus jogadores de ataque e voltou a ser derrotado na Libertadores por subestimar o adversário e a competição. É incompreensível fazer dois jogos no principal torneio do continente sem ter time time titular em nenhum deles.
Defendi muito a ideia de o Grêmio ter escalado pelo menos três titulares na estreia. Poderia ter preservado o fôlego de quase todo o grupo e mantido o foco no Juventude, mas com mais possibilidade de iniciar com vitória. Diante do Huachipato, o prêmio para Nathan Fernandes, por exemplo, de boa participação na Bolívia e com gol marcado na final do Gauchão, foi ser reserva de Galdino.
Renato errou na escalação. Depois, foi mal mas trocas. O meio-campo que foi batido no primeiro tempo, ficou ainda mais fragilizado com o recuo de Villasanti para a zaga.
O Grêmio parece não ter calculado até agora os riscos da Libertadores. Ainda não pontuou e nem sequer marcou gol. Não há nada definido, faltam quatro jogos, mas até o agora o clube subestimou a competição.