Causou surpresa a escalação do Grêmio contra o São Paulo, no Morumbi. Logo após a divulgação, me manifestei no microfone da Rádio Gaúcha e elogiei a ideia de fechar o time. Essa era uma providência urgente de Renato. A incoerência, no entanto, foi ter optado por um time com um trio de volantes sem ter treinado a formação.
Três dias antes, contra o Athletico-PR, a equipe começou a partida sem volantes de marcação, mesmo com a presença de Josué entre os relacionados. Besozzi, que fez gol contra os paranaenses, iniciou no banco. Ferreira, que foi titular no Gre-Nal, também foi para o banco e Galdino, que era cotado para começar, só entrou na parte final. É verdade que nenhum deles deu boa resposta. Também é fato que não há continuidade ou lógica na escalação.
Aliás, Renato precisa encontrar um posicionamento para Cristaldo. O argentino está entre as contratações mais caras da história do clube, e simplesmente desapareceu do time. Às vezes aberto pelos lados, outras centralizado e até mais adiantado ao lado de Suárez, o camisa 19 não repete o desempenho do primeiro semestre. Contra o Fortaleza e no Gre-Nal ele foi substituído no intervalo. Diante do São Paulo, saiu aos 28 minutos do primeiro tempo.
Na entrevista após a derrota no Morumbi, Renato me pareceu desconectado da realidade do time. As críticas não levam em conta o histórico ou a temporada. Elas analisam o atual momento, que é de queda de rendimento e vaga na Libertadores ameaçada.
O técnico tricolor também lamentou o pouco tempo para treinar. Vale lembrar dos longos períodos de folga concedidos nas duas datas Fifa.