O "Caminhos para a Vitória" está a pleno vapor. Nos próximos episódios, primeiro teremos um duelo na cozinha da Curso de Gastronomia da PUCRS, ao estilo "Mestre do Sabor". No meu caso, que não sei fritar um ovo, foi um baita desafio.
Ficou muito divertido. Mas não vai ter spoiler. Depois, invadindo o mês de agosto, vamos começar uma imersão sobre o Catar. Aprender sobre política, economia, língua e cultura do país da Copa do Mundo.
Além de trabalhar na parte física, a equipe multidisciplinar da PUCRS ainda vai nos ajudar a cuidar da mente. Em uma cobertura gigante e de fôlego, a mente precisa estar em ordem. Tudo isso vai pintar na tela da RBS TV nas próximas terças-feiras dentro do Globo Esporte.
Voltando para a atividade física, eu e a minha parceira Alice Bastos Neves estamos conseguindo incorporar a atividade física na nossa rotina, mesmo muitas vezes sendo atropelada pela nossa correria do dia a dia. Juro que a preguiça não tem me dominado.
Mas para terem uma ideia, nesta semana, eu não consegui bater o ponto na academia do Parque Esportivo da PUCRS. Não é desculpa esfarrapada. E digo uma coisa que eu não falaria em outros tempos de sedentário convicto: senti muita falta de colocar o corpo em movimento.
A grande dificuldade da correria diária é manter uma alimentação sem excessos. Confesso que não tenho o talento da Alice de organizar comidinhas para consumir durante o dia. Ela está sempre com uma lancheira, tendo frutas cortadas, iogurte, barrinhas de cereal e nuts. Nota 10 em organização. Mas vou contar uma de bastidores.
Durante uma gravação na semana, ela não tinha conseguido almoçar. É a correria das tarefas do dia que eu falei antes. Muita gente acha que é desculpa. Só que, por vezes, a rotina é punk. Comer algum salgado no boteco da firma é o mais fácil.
Há outro detalhe interessante. As pessoas com as quais convivemos se dividem em dois tipos. As que dão apoio total e te incentivam — a imensa maioria, graças a Deus — e a turma que seca a reeducação alimentar e toda tua batalha, sempre com piadinhas de mau gosto.
Chegam com o discurso de que no fim não vai dar certo e que a conscientização será engolida pela rotina. Ou pior: te olham e jogam na tua cara, fazendo pouco caso do esforço que você está fazendo: “nem parece que tu está emagrecendo”. Mentalmente, a mãe do sujeito é “homenageada” por mim. Quem menospreza todo o esforço feito pelos outros não está ajudando em absolutamente nada.
Não é fácil mudar tudo o que se pensa a respeito da alimentação. Abandonar preferências históricas e criar novos vínculos com pratos pouco familiares. Para mim, é uma vitória manter uma rotina de treinamentos com a turma do Parque Esportivo da PUCRS.
Com as minhas limitações, sou extremamente dedicado e faço coisas que nunca pensei em fazer na vida. Sem querer esnobar, tenho sido exemplar, me superando a cada momento. Não tenho a pretensão de virar um atleta de ponta. Meu objetivo é ter uma vida saudável. Trocar gordura por massa muscular.
Tenho absoluta certeza que já não sou mais o mesmo. Na medida em que os resultados aparecem de forma positiva, com a roupa ficando mais larga, sentindo os músculos ficando mais rígidos, a redução de medidas e dos índices glicêmicos, tudo isso ajuda na maré favorável e no aumento da autoestima. Claro que nem tudo são flores. As mudanças tem me deixado mais irritadiço, com a adrenalina a milhão. Ou seja, todo o processo de sair da zona de conforto que estava mexeu com o corpo e com as minhas ideias.
Por fim, tem uma coisa engraçada nessa história toda. Com a mega audiência do Globo Esporte, uma galera que me encontra na rua vem falar comigo sobre o Caminhos para a Vitória. Na padaria, no posto de gasolina, na farmácia, no cinema… E todos ficam de olho, fiscalizando o que estou comendo ou comprando. Isso é muito divertido.
Parece que estou sendo vigiado pelas câmeras do Big Brother Brasil por todos os lados. Dentro do mercado, as pessoas dão uma olhada nas compras da cestinha ou do carrinho. Já no restaurante, é como estar me servindo em um buffet e a pessoa está vendo se estou colocando mais salada ou abusando dos carboidratos. Tudo na boa. E posso garantir que, mesmo no regime semiaberto alimentar, não vou para o paredão do BBB.