É um fato incontestável. O Grêmio joga muito pouco futebol. Quase nada. Na Série B, a régua de exigência é baixa. O Tricolor escancara enormes dificuldades para se impor contra adversários frágeis. Quem olha para o campo, a verdade é dura. Falta qualidade. Na realidade, é um grupo mal formado pelos dirigentes gremistas. E com custo-benefício absurdo.
No gelado 0 a 0 contra o Criciúma, Roger Machado mudou o esquema. Lucas Silva voltou no meio-campo. No ataque, Elkeson se juntou a Diego Souza. Mas o desempenho não melhorou absolutamente nada. No primeiro tempo na Arena, o Grêmio teve apenas um momento maior de lucidez. Único. Em três lances seguidos, o goleiro Gustavo salvou. E foi só o que o time gremista produziu em 45 minutos.
Na etapa final, mesmo com as trocas feitas por Roger Machado, o cenário não mudou. As primeiras trocas, após o intervalo, Sarará e Campaz, pouco agregaram. Depois, entraram Fernando Henrique, Gabriel Silva e Elias. Não melhorou. Quem sabe uma chance mais clara, quase no final da partida. Depois de mais um tropeço na Série B, a paciência do torcedor foi para o espaço.
Os discursos pós-jogo confirmaram que não há um diagnóstico dos reais motivos da campanha fraca do Grêmio na segunda divisão. Viram virtudes, que a grande maioria das pessoas não enxergou. Fora do G-4 depois de oito rodadas, algo precisa ser feito. Urgente. Antes que seja tarde demais.