A goleada de 5 a 1 sofrida pelo Inter começou pela escalação completamente equivocada colocada por Miguel Ángel Ramírez para encarar o Fortaleza no Castelão. A explicação do treinador antes do jogo, para o repórter Bruno Halpern, da RBS TV, foi de poupar os atletas para amenizar o desgaste imposto pela maratona de jogos. Só que alterar sete peças em relação ao time que bateu o Vitória pela Copa do Brasil foi um baita exagero.
Por que não apostar na manutenção de uma estrutura de time? O Colorado se mostrou uma equipe bagunçada em campo. A saída de bola sucumbiu à perfeita marcação alta do Fortaleza. O meio-campo não criou absolutamente nada durante os 90 minutos. Por isso, o Inter não teve chances de gol. O goleiro Felipe Alves quase não trabalhou.
O vice de futebol do clube, João Patrício Herrmann, garantiu que não haverá mudanças da comissão técnica. Até penso que ainda não é momento. Mas o dirigente deixou claro que a cobrança interna será forte.
Todo o grupo é responsável pelo desempenho pífio no Ceará. O silêncio dos jogadores após a partida é injustificável. Eles têm obrigação de prestar conta aos torcedores. Onde estava o líder para explicar o revés? E Ramírez também precisa dar resposta, corrigir os erros que são claros. Perder faz parte do futebol. Fazer fiasco, tomando goleada do Fortaleza, não!