O Grêmio patinou contra o Santos na Arena. Faltou ter a cabeça no lugar para manter a vantagem conquistada no primeiro tempo do confronto. Não veio a primeira vitória no Brasileirão. Com apenas um ponto conquistado em doze disputados, o time de Tiago Nunes permanece na incômoda e inexplicável lanterna.
A pressão instalada na Arena não diminuiu. Mesmo com jogos atrasados contra Flamengo e Cuiabá, a equipe gremista tem obrigação de dar resposta contra o Fortaleza no final de semana em Porto Alegre.
Muito cedo, Diego Souza colocou o Tricolor em vantagem. Parecia que as coisas iriam por um bom caminho. O empate do Peixe veio com Marcos Guilherme. Antes do intervalo, Matheus Henrique recolocou o Grêmio na frente: fez 2 a 1. Aqui, uma questão importante. Lamentável a postura do camisa 7, que xingou Tiago Nunes, quando foi chamado a atenção no lance do gol santista. Pelo menos, o guri veio pedir desculpas públicas após a partida. Mas é o tipo de coisa inadmissível. Mostra que há algum ruído interno no vestiário.
Na etapa final, o Tricolor diminuiu o ritmo. Podia ter definido o jogo. O duro castigo veio com um chutaço de Marinho, sem chances para Gabriel Chapecó. Entre as poucas coisas positivas na noite de quinta-feira (24) na Arena está Victor Bobsin, que mostrou boa desenvoltura como armador. Precisa ter sequência.
Diego Souza também foi destaque com um belo gol e uma assistência. Só deixou o jogo, porque estava cansado. Na direita, Léo Pereira teve rodagem até a entrada de Douglas Costa. O camisa 10 pouco conseguiu fazer. Ainda precisa de tempo para adquirir ritmo. Talvez ainda inicie no banco contra o Fortaleza.
No pós-jogo, os discursos de Tiago Nunes e do vice de futebol, Marcos Herrmann, estavam afinados. Ambos apontaram uma evolução no desempenho e citaram os casos de covid-19 como um fator para a queda do rendimento. Só que o mais importante era ter conquistado a primeira vitória. Faltou competência ao Grêmio. O discurso conformado é ruim. A resposta precisa ser imediata no Brasileirão.