O afastamento definitivo de Miguel Ángel Ramírez do comando técnico indica uma correção de rota necessária no Inter. A gestão Alessandro Barcellos apostou em um profissional com bons conceitos de futebol, mas com pouca experiência. Aos 36 anos, o treinador espanhol só havia trabalhado no Independiente del Valle, do Equador, que vive uma realidade completamente diferente em termos de tamanho de clube e pressão. A convicção dos dirigentes colorados em Ramírez durou pouco. O clamor da torcida por mudanças falou mais alto.
A impressão que ficou com a interrupção do trabalho, é de que o grupo de jogadores colorados não comprou as ideias do espanhol. Óbvio que os atletas também tem responsabilidade pelo momento ruim. Peças importantes do time tiveram uma visível queda de rendimento em relação a temporada passada.
Claro que nunca é bom quando um treinador é demitido. Ainda mais com pouco tempo de trabalho. Mas os grandes fiascos contra Fortaleza e Vitória foram fatais. Com uma grave crise nas finanças, o Colorado terá o ônus de pagar uma alta multa rescisória da comissão técnica. Não foi dado prazo para buscar um substituto. O trabalho dos dirigentes será muito difícil. Surgem muitos nomes especulados na pauta. Penso que o uruguaio Diego Aguirre e Lisca sejam duas boas opções. São profissionais com bons conceitos de futebol, conhecem o ambiente e podem dar uma resposta positiva. Por enquanto, Osmar Loss treinará a equipe em Salvador.