A análise do duelo entre São José e Grêmio precisa necessariamente começar pelo gramado. Jogar no sintético do Passo D’Areia é um desafio. Dificulta o desempenho de qualquer equipe. Até mesmo o dono da casa, um pouco muito mais habituado com o terreno, sofre. O piso é duro e a bola ganha uma velocidade diferente do normal.
É possível afirmar, sem medo de errar, que o jogo teria mais qualidade se o gramado fosse diferente. As duas equipes poderiam criar mais. É outro jogo. Mesmo tendo a homologação da Fifa, não há termo de comparação em termos de qualidade com outros campos artificiais do Brasil, como temos na Arena da Baixada e do Allianz Parque. É um adversário para os dois times.
No primeiro tempo, a partida foi truncada. Na maioria do tempo, a posse de bola foi do Tricolor. A melhor chance gremista foi quando a bola sobrou para Ferreira na esquerda, que parou no ótimo goleiro Fábio. O Zequinha pouco ameaçou a meta de Brenno. A baixa foi a lesão muscular de Guilherme Azevedo, que acabou substituído por Léo Chu. Poucos momentos de emoção.
O treinador gremista, Alexandre Mendes, não mexeu no intervalo. O Zeca time abriu o marcador primeiro com a falha de Rodrigues, que deveria ter dado um chutão, casada com a precipitação de Brenno ao ir ao encontro a bola de forma errada.
O atacante Luiz Eduardo se aproveitou da falta de comunicação. Lucas Araújo, que não foi bem, acabou substituído por Fernando Henrique. O empate do Grêmio veio com jogada de Ferreira pela direita, que serviu Pedro Lucas. Com muita força, meteu na rede do São José.
Qualidade superior do guri na conclusão da jogada. No ataque, Ricardinho sofreu com o isolamento. De bobeira, Léo Chu levou dois amarelos por simulação e foi expulso. No final das contas, o empate não foi injusto para as duas equipes. Em um gramado melhor, o jogo poderia ter sido outro.