O encontro marcado para quinta-feira (18) entre o governador Eduardo Leite e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, poderá indicar um caminho para a volta do Gauchão. As alterações das regras de distanciamento controlado, com a instituição da bandeira vermelha na região da Serra, foi uma ducha de água fria nas pretensões da entidade e dos clubes. Sem conseguir treinar coletivamente, não há a menor chance de retomar os jogos. Apenas trabalhos físicos não são suficientes.
Todos nós sabemos e defendemos que a saúde das pessoas deve estar em primeiro lugar. Seria um absurdo liberar tudo de forma açodada. Trabalhar com a hipótese do retorno das atividades esportivas não significa desprezar a vida humana. Mas não seria o caso de avaliar pontualmente a situação do futebol? Os doze clubes, que integram a competição, não se comprometem a seguir todos os protocolos rígidos de proteção para os treinamentos para obter a liberação?
É preciso ampliar o diálogo. O governo do Rio Grande do Sul não pode ser intransigente ao analisar o tema. É sabido que só teremos a segurança absoluta quando surgir a esperada vacina contra o coronavírus. Infelizmente, não há previsão. Até lá, teremos de conviver com uma nova realidade, adotando todos os cuidados. É inegável que o trabalho realizado pelo governo estadual é extremamente criterioso. Temos que confiar.
O futebol, como em todas as áreas de atividade, terá de se adequar aos novos tempos impostos pela pandemia. A situação financeira dos clubes é crítica. Não podemos subestimar a pandemia, que já mostrou todo o seu poder mortal. Precisamos encontrar o meio termo na nova normalidade que temos no horizonte.