O jogo contra o Flamengo, neste domingo (22), ganha a cada dia mais carga de tensão. À falta de resultados, às dificuldades técnicas e à consequente vizinhança do Z-4, se somou nesta quinta-feira (19) a notícia do afastamento de Alexandre Mendes, auxiliar técnico e homem de confiança de Renato.
Gabeira, como é conhecido, pediu afastamento do clube depois que a 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) abriu inquérito para investigá-lo. Ele teria, conforme a companheira registrou em boletim de ocorrência, a agredido.
A violência contra a mulher é inaceitável, inadmissível e algo abjeto. Precisa ser investigado a fundo. O Grêmio faz bem em definir o afastamento do auxiliar e pela objetividade em sua ação.
O ponto é que esse lamentável episódio só engrossa mais a nuvem pesada que paira sobre o Grêmio nos últimos dias. Há uma insatisfação que começa a borbulhar na torcida pelos resultados recentes e o questionamento aberto da participação de Renato neles.
Até mesmo a derrota no Gre-Nal da Copinha, com jogadores contratados entre os titulares do time de transição, ajuda a enuviar mais o ambiente. O Grêmio fez um ponto nos dois últimos jogos, contra Atlético-MG e RB Bragantino. Isso ganha vulto se somadas às quedas recentes nas Copas, para Corinthians e Fluminense, nos pênaltis.
O torcedor, sempre fiel a Renato, já contesta algumas escolhas. Como as de domingo, quando Rodrigo Caio, ainda longe da melhor forma técnica, acabou escolhido para jogar no lugar de Ely e acabou envolvido no lance do pênalti; e a escolha de Diego Costa, também fora de forma, em vez de Arezo. A razão da troca para saída de Braithwaite também não se justificou. Há ainda o caso de Reinaldo, cuja média tem sido de atuações opacas e, no domingo, comprometeu e interferiu no rendimento.
Todos esses pontos técnicos, somados à situação na tabela, emparedam o Grêmio para domingo. Patinar contra os prováveis reservas do Flamengo pode desencadear uma crise em um momento crucial do Brasileirão. Mesmo esses reservas sendo eles capazes de serem titulares em boa parte dos rivais da Série A. O problema não seria nem isso, mas a soma de todos os problemas de um 2024 que parece sem perspectivas.
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