O auxiliar técnico Alexandre Mendes é investigado em um inquérito na 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre. O profissional, que trabalha com Renato Portaluppi no Grêmio, foi afastado pelo clube na terça-feira (17) sob a alegação de "motivos particulares". Ele não estará no banco de reservas no domingo, contra o Flamengo, na Arena. Outros dois auxiliares vão substituir Renato, suspenso.
A suposta vítima, que foi companheira de Mendes, publicou fotos e áudios nas redes sociais nas quais mostra o que seriam sinais de agressões no seio esquerdo, na nádega esquerda e no braço direito, além de um vídeo de um papel sujo de sangue. Também no stories do Instagram, fixado nos destaques do perfil, foi postado um áudio em que ouvem-se os gritos "eu não aguento mais, socorro", de forma repetida.
A Diretoria de Proteção à Mulher (Dipam), da Polícia Civil, informou que existe a investigação, iniciada a partir de um boletim de ocorrência (BO) registrado pela mulher que publicou as imagens. De acordo com a polícia, tanto as imagens quanto o áudio seriam do mês passado.
Contatada por Zero Hora, a suposta vítima preferiu não se manifestar no momento.
Ocorrência
A reportagem teve acesso a uma ocorrência no âmbito de "violência doméstica e familiar contra a mulher" na qual é descrito que a vítima relatou ter sofrido agressão física e psicológica e que Alexandre Mendes era seu companheiro. Não havia registro anterior de violência acerca de Mendes. Pelo documento, o fato teria ocorrido em 2 de agosto e foi comunicado em 26 de agosto deste ano.
O Boletim de Ocorrência diz que a mulher não apresentava lesões visíveis na ocasião, mas que ela forneceu mídias para a polícia.
Posicionamento da defesa
A defesa de Alexandre Mendes se pronunciou no final da tarde desta quinta-feira (19) sobre o caso. O jornalista Eduardo Gabardo, de Zero Hora, conversou com Sergio Queiroz, advogado de Mendes, que garante ter provas da inocência do auxiliar técnico do Grêmio:
— A inocência do Alexandre Mendes será provada no inquérito. Temos provas de que ele não cometeu qualquer tipo de violência. Inclusive, na data em que a suposta vítima alega ter sofrido a agressão, o Alexandre estava em viagem. Além disso, também temos provas de que esta pessoa é reincidente em denúncia caluniosa com base na Lei Maria da Penha — afirma o advogado.