André Jardine escreveu mais um capítulo histórico no América, o Flamengo do México. Na noite de quarta-feira (25), ele conquistou a Campeones Cup, confronto entre os campeões da Liga MX e da MLS, liga dos EUA. Na decisão, venceu o Columbus Crew nos pênaltis. Jardine conquistou seu quinto título em 15 meses de América e se tornou o técnico mais vencedor da história do clube, superando outro brasileiro, Jorge Veira, e os mexicanos Miguel Herrera e Raúl Cárdenas.
Jardine chegou ao México em fevereiro de 2022. Havia ganho o ouro olímpico no ano anterior e sido integrado à comissão técnica de Tite. Acabou seduzido pela proposta do Atlético San Luís, de Potosí, clube mexicano que faz parte da mesma holding do Atlético de Madrid. Foram três campeonatos no San Luís, sempre com campanhas até os playoffs.
Chegou ao América na metade de 2023. Havia cinco anos, o clube não vencia o título mexicano. Ganhou o Apertura. Havia 25 anos, o América não encarreirava dois títulos nacionais seguidos. Ganhou também o Clausura. Na sequência, vieram a Supercopa do México, contra o Tigres, e o título de Campeão dos Campeões.
O bom trabalho no América faz de Jardine um nome que soará forte no mercado de técnicos do Brasil na virada do ano. Mesmo que seja difícil tirá-lo do México. Primeiro, por ele comandar o clube mais popular do país e que divide as atenções nacionais com o Chivas.
O sucesso no América o colocou como nome forte para assumir a seleção do México. Porém, o mexicano Javier Aguirre, ex-Mallorca, foi o escolhido e levou como auxiliar Rafa Márquez, que fazia ótimo trabalho no Barça B.
Outro obstáculo para repatriá-lo é a questão financeira. Os principais clubes mexicanos costumam pagar valores de padrão europeu. Embora, hoje, no Brasil, isso não seja impeditivo para alguns dos nossos grandes. O fato é que, podem anotar, o nome de Jardine soará muito no verão brasileiro.