A retomada do Inter de Roger Machado terá seu teste de fogo na noite desta quarta-feira (11). O Fortaleza que chega a Porto Alegre é o exemplo claro de que planejamento estratégico e um projeto bem desenhado, seguido à risca, transformam um clube.
Não é à toa a vice-liderança do Brasileirão. Tampouco o avanço às quartas de final da Copa Sul-Americana, deixando pelo caminho o Rosario Central, o mesmo que eliminou o Inter. Empatou na Argentina e atropelou no Castelão.
Juan Pablo Vojvoda completou na semana passada 41 meses no cargo. Nesse período, como comparação, o Inter teve seis técnicos diferentes.
A longevidade do treinador argentino se dá porque o clube sabe aonde quer chegar e confia no percurso escolhido. Mesmo em momentos de crise técnica, como quando virou inquilino do Z-4 em 2022, por estar dividido com a Libertadores, e com a perda do Estadual para o Ceará, o argentino segue com o respaldo intocado.
O processo de crescimento sustentável do clube fez com que, neste ano, Vojvoda contasse com dois jogadores por posição de mesmo quilate. Não há um craque fora de série, mas há um grupo homogêneo.
No Beira-Rio, o comandante do time cearense terá de mexer na estrutura que vem usando como base.
Kuscevic está na seleção chilena, e o argentino Cardona, suspenso. A dupla de zaga terá Brítez e Titi, formado no Inter. Ou seja, mantém o nível técnico.
Será contra eles que Alario precisará mostrar uma outra faceta. Sem Wesley, suspenso, Roger pode encaixar a volta de Alan Patrick. Passará por eles e por Tabata e Gabriel Carvalho a força ofensiva de um Inter que terá colocado à prova o seu bom momento.