Eduardo Coudet trouxe para si o foco do empate de domingo (29). Tirou dos jogadores a responsabilidade pela dificuldade que precisa superar quando enfrenta adversários fechados, que montam barricadas diante da área. Foi assim desta vez contra o Atlético-GO, assim como na semifinal do Gauchão, e será também nesta quarta (1º), novamente contra o Juventude, agora na Copa do Brasil. O debate está em torno do que o técnico disse e não desse problema que se repete nos jogos, geralmente, em casa.
Esse é um ponto do discurso pós-Atlético-GO. O outro é que Coudet está repleto de razão em relação às suas queixas. Uma parte da torcida do Inter está impertinente com o longo período sem títulos. Os tropeços seguidos, como contra Melgares e Américas-MG da vida, e as dolorosas quedas para Fluminense e Juventude, deixam-os mais impacientes. O que é compreensível.
Coudet, é bom deixar claro, em nenhum momento colocou na conta do torcedor essas eliminações. O que ele disse, em alto e compreensível portunhol, é que o Inter só sairá dessa fila com a união de forças. Há adversários demais no horizonte colorado. A torcida, ou parte dela, não pode virar mais um.
Coudet tinha a seu favor todas as justificativas para o empate no domingo: fez um jogo em gramado pesado na noite de quinta em Manta, atravessou a América do Sul na sexta, repetiu o time, encontrou um adversário fechado. Porém, ele já sabe que aqui nos pagos, no caso dele, a vida é tocada sem desculpas. Ou ganha, ou ganha. Por isso, ele saiu pela tangente, nesse misto de desabafo e direcionamento da pauta.
Até quarta, o Juventude e os desafios que ele implica na vida do Inter ficarão em segundo plano. O foco do debate está em Coudet.