O futebol cria roteiros que parecem inverossímeis. Pouco mais de um mês depois de cair para o Juventude no Gauchão, o Inter terá a oportunidade de cicatrizar a ferida profunda que ficou aberta. A partir de 1º de maio — essa é a data base — começa no Beira-Rio o confronto pela terceira fase da Copa do Brasil.
Em 21 dias, serão três jogos contra o time da Serra. Ou seja, a chance de provar ao torcedor que o episódio da semifinal do Estadual foi um acidente pontuado pela lesão de Enner Valencia, pela expulsão de Mauricio e pela cavadinha de Robert Renan.
Apesar das contingências do jogo de volta, é inegável que houve equilíbrio no confronto pelo Gauchão, tanto no encontro do Jaconi quanto no do Beira-Rio. Roger soube marcar e anular as principais fontes do jogo do Inter e fez seu jogo mais físico prevalecer.
A eliminação provocou abalo nas estruturas coloradas e abriu fissuras no vestiário. Interrompeu um começo de temporada repleto de otimismo, pelas contratações e pelas atuações da fase classificatória. A vitória sobre o Bahia aliviou a tensão e trouxe um sopro de tranquilidade para Coudet. Porém, a ferida causada pela eliminação ainda está ali. A Copa do Brasil traz a chance de cicatrizá-la e seguir adiante.