Faltaram criação, qualidade de jogo, bola no pé e até emoção na primeira partida da final do Gauchão. Sobraram disposição e faltas. Em uma partida com mais de 40 faltas, é difícil mesmo ter algo mais fluido ou até mesmo plástico. Assim, o 0 a 0 retratou muito o que foi a tarde no Alfredo Jaconi. Isso porque o Grêmio se posicionou para esperar o Juventude e sair em transições rápidas, como adotou como modelo de jogo. O Juventude teve a bola, mas transpirou mais do que do construiu. Sua força está em um jogo de anulação ao adversário. Só que o Grêmio pouco fazia para ser anulado.
Mesmo nesse cenário de disputa física e de pouca inspiração, o Juventude foi quem mais esteve no campo de ataque e quem criou maiores dificuldades. Arrematou mais, teve melhores oportunidades e fez com que Caíque tivesse trabalhado mais do que Gabriel Vasconcelos. Gilberto, Jean Carlo e Rildo levaram perigo.
Pelo lado do Grêmio, a melhor oportunidade foi em uma escapada seguida de jogada individual de Pavon. Houve ainda uma jogada individual de Gustavo, ao lado de Villasanti o jogador a buscar um desequilíbrio em iniciativas individuais.
Assim, o jogo ficou aberto para o próximo sábado (6). A tendência é que o Grêmio, diante de uma Arena lotada e como mandante, busque um jogo com linhas mais adiantadas e com menos ligação direta para acionar Diego Costa. O que também deve fazer com que a partida tenha mais bola e menos faltas e disputas físicas. O Juventude costuma marcar mais alto, forçar o erro. E, com dois times tão parecidos na ideia de controle pela imposição, a taça será de quem errar menos.