O Grêmio encerrou nas últimas horas de 2023 o ciclo de Luan. Trata-se de um dos principais jogadores da era vitoriosa de 2017 e 2017. Quando lembrarmos do tri da América e do penta da Copa do Brasil, citaremos Luan. Porém, por sua culpa, seu tempo passou. Mais cedo do que deveria. A conta de descuidos fora de campo nos últimos cinco anos chegou.
Luan teve, conforme pessoas ligadas ao clube, disciplina e aplicação no semestre em que foi acolhido por Renato no vestiário. Porém, o futebol dos dias de hoje não perdoa tantos deslizes e a ausência de um comportamento de um atleta de ponta. Porque é isso que viraram os jogadores de hoje, atletas de elite. Quem custar a entender isso, ficará sem espaço. Mesmo que seja dono de um talento incomum, como é o caso de Luan.
O futebol, hoje, é físico antes de ser técnico. Só terá sucesso quem transpirar muito, o suficiente para ficar em pé no espaço mínimo que existe para jogar com a bola. Muitos jogadores entenderam isso. Tanto que complementam treinos com preparadores particulares, no turno inverso ao do trabalho no clube. Uma pena que o Rei da América de 2017 não tenha contado com alguém do seu circulo que o alertasse disso.
A realidade, agora, será de mercados secundários. Talvez um emergente da Série A. Ou algum campeonato no Exterior de menor competitividade. Aos 30 anos, Luan precisará dar a volta em um caminho que ele pegou errado. Tomara que dê tempo. Mas era para ele, neste momento, estar vivendo seu auge físico e técnico. Fica a lição para quem está subindo agora. As luzes do futebol são fascinantes. Mas elas também cegam.