Não há time vencedor sem uma grande referência. Podem ver, qualquer grande equipe conta com uma referência forte, com história no clube e que ajude a estabilizar o vestiário. Pedro Geromel tem todos esses predicados.
É um profissional exemplar, tem presença no grupo e, claro, uma história vencedora. As reconstruções de grupo começam por peças específicas que, por ironia, estão há muito tempo nele. É o que se define no futebol como DNA de vestiário. Não há time vencedor sem isso.
Portanto, o torcedor precisa saudar a iminente renovação de Geromel como uma contratação. Mesmo que ele já não consiga entregar na mesma quantidade de jogos, a qualidade segue a mesma. Foi gritante isso no primeiro tempo contra o Cruzeiro. Ganhou todos os lances, mostrou exuberância técnica, mas a conta pelo esforço depois de longo tempo parado veio. Acabou substituído no final do primeiro tempo e viu, ali, se encerrar sua temporada.
O Grêmio terá de cuidar da agenda de Geromel e usá-lo de forma moderada. Em ano de Libertadores, quando a semana tiver dois jogos, deixá-lo para um deles. Algo como fazer uma escala, tipo trabalha na quarta e folga no domingo. Isso, aliado a uma pré-temporada, pode fazer com que atravesse a temporada com mais e menos tempo na fisioterapia. Não podemos nos esquecer que o outro pilar histórico do vestiário, Kannemann, também vem sofrendo mais a cada temporada.
A renovação por mais um ano com Geromel oferece à direção mais uma chance de preparar seu substituto, de fazer com que essa transição seja sem sobressaltos, tipo uma passagem de bastão. Quem sabe Gustavo Martins possa ser esse eleito para herdar a zaga central. É o nome com mais potencial e talento.
Natã também é bastante promissor, porém, sofre no Grêmio com o preconceito da altura. Embora tenha mostrado no Gauchão 2022 recursos para compensar seu 1m80cm.