O futebol feminino é um fenômeno muito recente. O Brasileirão começou em 2013 e só teve mais clubes e notoriedade a partir da exigência da Conmebol de que, para participar da Libertadores masculina, os times precisavam ter a categoria feminina também. Desde então, se tornou um produto de maior valor no quesito negócio, mas sempre teve sua grandeza.
O futebol das gurias é um mercado que tem um potencial absurdo e um público consumidor que ainda está carente, mas é gigante e tem apego ao produto. A categoria é uma oportunidade de negócio, sim. Mas tem de plantar para depois colher. Os clubes de futebol, é compreensível, buscam a receita mais rápida, aquela que garantirá o fluxo de caixa e os pagamentos urgentes. Mas querem já sair ganhando. É preciso obedecer a um planejamento e entender que levará tempo. Porém, é colheita certa.
Isso porque o futebol feminino tem uma característica diferente em relação ao masculino, não só na questão técnica de campo. O público do feminino é muito mais família. Tem um perfil diferente e proporciona ao torcedor, se bem explorado, um jogo muito mais tranquilo, sem violência, sem aquela multidão. É uma oportunidade, por exemplo, de levar crianças aos estádios, sem risco, e nutrir o torcedor do amanhã.
Só que, como em qualquer evento esportivo, as competições e suas respectivas partidas do futebol feminino precisam ser bem divulgadas, promovidas e badaladas pelas entidades responsáveis e pelos clubes. Isso explica muito o baixo público do Gre-Nal. Porém, já é um grande passo colocar o clássico no Beira-Rio e na Arena. Mesmo que tenha custo. Hoje é custo, amanhã, se bem trabalhado, será lucro. Podem apostar.