Nestes primeiros dias de adaptação e dribles na burocracia que envolve se instalar em um outro país, encontrei um intervalo para realizar o sonho de conhecer o Camp Nou. O estádio do Barcelona está em obras, como todos sabemos. Porém, a ida até a Les Corts compensa pelo mergulho que se dá no Mundo Barça e na lição clara de como eles usam a marca para faturar. Em seu balanço para a temporada 2023/2024, o clube estima o ingresso de 200 milhões de euros através do Espai Barça. Só o museu será responsável por 30 milhões de euros.
Depois da reforma, o Espai Barça será todo o complexo com o estádio e o ginásio (Palau Azulgrana) e todas as instalações anexas, como o museu. Por enquanto, ele está cristalizado na Rambla do Barça. Trata-se de um corredor no qual acontece o tour. São vários pacotes, mas o principal (por 51 euros), tem museu com imersão digital, ginásio, acesso a áreas do clube, direito a chute a gol em um Ter Stegen mecânico e encerramento na megastore de três andares. Dali, quase todos saem com uma sacola contendo algum produto.
Para quem quiser dar uma parada, há um café, cuja decoração remete a estádio de futebol, claro. Pedi um café com leite, ele veio com o escudo do Barcelona na espuma. O que só mostra o quanto o clube usa do seu símbolo. Quem pisa ali mergulha mesmo no Mundo Barça. Ah, para quem resistiu e escapou sem gastar na loja, na saída da Rambla há uma loja contêiner. Uma última tentativa de fazer com que a emoção deixe euros na conta do clube.