O Inter vai usar titulares no piso sintético da Arena da Baixada. Mas de forma cuidadosa, adotando o máximo de cautela. Chacho Coudet começará, no entanto, com um time totalmente reserva, à exceção de Rochet e Bustos, sendo que esse segundo deve ceder lugar para Mallo contra o Fluminense, numa estratégia mais conservadora e cuidadosa com Keno, o único jogador posicional em um time que segue uma linha de "caos organizado".
O mais curioso é que essa decisão do Inter de começar com reservas em Curitiba acabou reforçada por um episódio do próprio Fluminense. A lesão de Arias no clássico contra o Vasco fez soar o alerta nos bastidores do Inter. A convicção de que se deveria jogar com titulares na Arena da Baixada evaporou depois que o colombiano torceu o tornozelo no sintético do Estádio Nilton Santos.
Até esse momento, o Inter estava certo de que ficar 15 dias sem usar os titulares em um jogo oficial poderia provocar prejuízo. No que concordo plenamente. Só que veio o receio de perder jogadores importantes e sem substitutos prontos. Casos de Renê, Wanderson, Alan Patrick e Enner, por exemplo.
Dessa forma, o Inter inverteu a ordem para a partida desta noite. Vai de menos a mais na formação do time. Ou seja, começa desidratado, faz a leitura da partida e, no segundo tempo, aciona alguns titulares que necessitem ganhar minutagem.
O próprio Enner se encaixa nesse perfil. Aránguiz também. Afinal, os dois vieram das suas seleções. Johnny, sem atuar desde o final de agosto, está recuperado da lesão no tornozelo, mas longe da melhor forma técnica. Certamente, será usado para se habilitar a entrar contra o Fluminense.
Mercado, aos 36 anos, é outro que deve ganhar minutos. Ficar 15 dias sem atuar tem impacto diferente nele em comparação a um jovem como Mauricio. Para Alan Patrick, vale o mesmo. É como se o Inter estivesse medindo os riscos. Eles são inerentes de quem sonha em ganhar algo grande.