Foram dois "Inters". O do primeiro tempo foi assustador, passou 45 minutos sem arrematar e sem criar. O do segundo tempo, se reorganizou, aproximou mais suas linhas e encontrou o espaço para o contra-ataque que mudou o rumo da partida. Como tudo no Inter passa pelos pés de Alan Patrick, no gol não foi diferente.
Foi dele o passe que acionou Pedro Henrique e originou o pênalti e o 1 a 0. Foi como se esse passe tivesse tirado o Inter do escuro. Até ali, a atuação era sofrível contra um Coritiba que ostenta números negativos: está há quatro meses sem vencer, é o lanterna do Brasileirão e soma apenas quatro pontos.
A obrigação, portanto, era ganhar desse adversário. Foi o que o Inter fez. Colheu com isso a manutenção da boa onda, com o sétimo jogo sem perder, saltou para o oitavo lugar e conquistou sua primeira vitória fora.
O resultado, porém, não pode esconder os problemas apresentados. Principalmente, no primeiro tempo. Mano apostou numa formação com Campanharo e Rômulo na frente da área e Johnny aberto na direita, como um meia aberto.
O Coritiba, por sua vez, veio com três zagueiros e fez do atacante Róbson um ala que partia da direita para dentro, juntando-se aos atacantes e meias. Assim, criou superioridade numérica e passou a levar perigo a todo o instante. Tanto é que fechou o primeiro tempo com 10 finalizações contra nenhuma do Inter.
Tanto foi superior que Mano trocou o time aos 37. Campanharo, com cartão amarelo, foi trocado por Jean Dias. Mesmo assim, o Inter seguiu acossado. Não fosse John, no final do primeiro tempo, teria saído para o intervalo em desvantagem.
Mano corrigiu o posicionamento, aproximou o time, mas não impediu o Coritiba de seguir criando. John evitou o gol de Robson, cinco minutos antes de PH fazer o 1 a 0 de pênalti. Valeu pela vitória, mas ela não pode esconder que o Inter ainda tem um longo caminho pela frente até atingir o nível que já teve em 2022.