A única mudança do Inter para a semifinal, em relação ao time do último clássico, será Paulo Victor no lugar de Moisés. Há uma perda física aqui e também de poder de marcação. Por outro lado, há um ganho ofensivo.
Paulo Victor, 20 anos, é inventivo do meio para a frente, tem drible e o usa sempre em direção ao fundo do campo, nunca para o lado. Não é uma solução imediata, mas um jogador em formação para logo ali na frente.
Se PV fosse um jogador pronto aos 20 anos (faz 21 no dia 13 de abril) não estaria aqui no Inter, vamos combinar. Teria uma trajetória semelhante, para pegar três jogadores da sua posição, as de Alex Telles, Wendell e Renan Lodi, todos vendidos afirmados com 21 anos recém-completados para a Europa. Ou seja, saíram prontos para dar o salto, que confirmaram lá.
O Inter estava ciente de que estava comprando um lateral-esquerdo ainda em fase de lapidação quando foi buscá-lo no Botafogo. Pagou para ver. PV ganha, nesta semifinal, a grande chance de dar um significativo passo à frente em sua caminhada.
Em 2021, ele passou pela mesma situação ao ser escalado por Diego Aguirre contra o Flamengo, no Maracanã. O Inter venceu por 4 a 0, e ele teve atuação de adulto. Tanto que Aguirre chegou para a direção, ainda no vestiário, e disse que "lateral esquerda não era problema para os próximos anos". Talvez os "próximos anos" sejam no sábado, no Beira-Rio, e na quarta, na Arena.