Vágner Mancini avançou, recuou e voltou à posição original na mesma noite em Belo Horizonte. Mas saiu do Mineirão com a certeza de ter encontrado uma equipe mais organizada e equilibrada. O Grêmio melhorou muito em relação a si mesmo. Ainda é pouco, é verdade. Afinal, a régua fica baixa numa campanha com 16 derrotas em 28 jogos. Mas nesse cenário qualquer raio de luz vira alento. E é nisso que o Grêmio precisa e deve se apegar. O enfrentamento com o Atlético-MG trouxe boa dose de confiança, mas também criou um dilema para o técnico: três volantes no meio-campo ou uma formação mais leve, com um meia a conectar defesa e ataque? Em resumo, Villasanti ou Campaz?
Mancini adotou o mesmo sistema de Felipão no começo da partida em Belo Horizonte. Mas com uma postura diferente, usando uma marcação mais agressiva, pressionando a saída do Atlético-MG. Assim criou boas chances de gol e deixou de estar na frente no placar. Com o 1 a 0 dos mineiros, abriu mão de Villasanti e colocou Campaz. Seguiu com o controle no meio, até porque o Atlético-MG esvaziou o setor, tendo apenas Allan como sustentação, e aumentou sua agressividade no ataque. Tanto que jogou sem receio, atacou e chegou ao empate.
Campaz, embora o acidente no pênalti do 2 a 1, mostrou que dispensa período de adaptação o lapidação. Está pronto. Porém, Villasanti empresta mais força de marcação e deixa o time mais robusto no meio-campo. Está aí o dilema de Mancini, entre tentar ser propositivo e buscar o gol ou marcar o adversário e agredi-lo no momento em que cometer um vacilo. Talvez essa seja a única dúvida para o Gre-Nal. O restante do time, pelo que se viu em Minas Gerais, está definido.