Contratação mais cara do Grêmio nesta temporada, Jaminton Campaz não havia permanecido em campo por tanto tempo quanto nesta quarta-feira (3), diante do Atlético-MG. Chamado do banco de reservas ainda no primeiro tempo, o colombiano atuou no Mineirão por 55 minutos e foi do céu ao inferno. Autor do gol de empate, o jovem colombiano também cometeu o pênalti que deu a vitória de 2 a 1 para os donos da casa. Ainda assim, mostrou valências que podem credenciá-lo à titularidade.
— O atleta é dotado de uma capacidade técnica muito interessante, bate bem na bola e enxerga bem o jogo. Fez o gol em uma jogada linda, onde ele recebe, usa o pivô e entra na área. Agora, falta jogo. Mas é importante lembrar que ele é um jovem que tem pouca idade, chegou ao Brasil e passa por um período de adaptação mais fora de campo do que dentro. A gente está acelerando o processo, mas é importante vê-lo jogando bem, porque talvez arrume todo o externo — avaliou o técnico Vagner Mancini após a partida.
A entrada do camisa 7, aliás, fez o treinador modificar o sistema tático aos 35 minutos da etapa inicial, desmanchando o tripé de volantes escolhido para começar o confronto em Belo Horizonte. Atuando centralizado, atrás do centroavante, o colombiano tinha a missão de armar as jogadas no meio-campo e se projetar em direção à área rival (ver mapa de calor abaixo).
Tão logo pisou em campo, Campaz foi responsável por um chute de longa distância que, por pouco, não surpreendeu o goleiro Éverson. Conforme o site FootStats, o meia ainda seria responsável por mais duas finalizações a gol (uma delas, inclusive, encontrou as redes atleticanas) e, desta forma, encerrou o jogo como o segundo jogador gremista que mais arrematou — atrás somente de Miguel Borja, que finalizou seis vezes (três delas acertando o alvo, mas parando no goleiro ou no travessão).
A atuação só não foi mais brilhante por conta da penalidade cometida, convertida por Eduardo Vargas. Apesar dos protestos do Grêmio sobre a origem da falta, o VAR sinalizou o desvio da bola no braço do atleta, que compunha a barreira.
Outro ponto a ser observado é a quantidade de vezes que ele foi desarmado: quatro. Somente perdeu mais a posse da bola do que Douglas Costa (8) e Ferreira (5).
Resta saber agora se a atuação na capital mineira pode credenciá-lo para brigar pela titularidade. A começar pelo clássico Gre-Nal, agendado para o próximo sábado (6).
Números de Campaz contra o Atlético-MG:
Finalizações: 2 (ambas no gol)
Assistência para finalização: 1
Passes: 22 (18 certos)
Cruzamentos: 2 (ambos errados)
Lançamentos: 1 (certo)
Faltas sofridas: 1
Perda da posse de bola: 4