A derrota por 2 a 1 do Grêmio para o Atlético-MG teve polêmicas de arbitragem. No primeiro tempo, houve gol anulado por impedimento e pênalti reclamado. Na etapa complementar, houve interferência do VAR em marcação de penalidade e muita discussão nos lances que cercaram essa marcação. Com isso, separei cinco situações para serem analisadas da partida atrasada do Brasileirão.
1) Gol anulado de Borja
A primeira delas é o lance logo no começo da partida. A irregularidade foi o impedimento do atacante, marcado no campo pelo assistente Alex Ribeiro e apenas confirmado pelo árbitro de vídeo José Cláudio Rocha Filho. O VAR trabalha com a tecnologia das famosas linhas 3D neste tipo de jogada.
2) Toque de mão de Thiago Santos
O segundo lance polêmico do jogo foi o toque de mão de Thiago Santos dentro da área, aos 22 minutos da etapa inicial. Neste lance, Luiz Flávio de Oliveira mandou o jogo seguir. O VAR respeitou a decisão do campo e não recomendou a revisão da jogada. Discordo da decisão da arbitragem e considero que a penalidade deveria ter sido marcada. Não vejo uma ação natural do volante gremista. Pelo contrário, houve um movimento adicional com o braço golpeando a bola.
3) Pênalti marcado para o Atlético-MG
Já no segundo tempo, Campaz abriu o braço na barreira e meteu a bola para longe com o cotovelo. Ampliou o volume corporal e cometeu a infração. O toque é faltoso. Houve pênalti, e o lance foi para amarelo por impedir arremate promissor. O VAR fez o que poderia fazer em termos de checagem e revisão.
4) Falta que origina o pênalti
Esse terceiro lance, entretanto, tem duas particularidades que não cabem ao VAR. Só que ambas são decisões de campo e que precisam ser observadas pela arbitragem dentro das quatro linhas.
A falta que originou a cobrança que deu no braço de Campaz não aconteceu. Cortez faz o movimento do bote e coloca a perna na frente, mas quem procura o contato com o adversário é Jair. O jogador do Atlético-MG chega a arrastar o pé no gramado para cavar a falta. Esse erro de marcação é do campo. Do juiz principal. O VAR não pode fazer nada, pois no momento em que a cobrança de falta ocorre, o jogo é reiniciado.
O VAR não revisa faltas, escanteios, laterais, cartões amarelos. Sempre que há erros em lances assim, a responsabilidade é de quem apita, e o recurso eletrônico não pode interferir.
5) Barreira
Na situação do pênalti, mais uma vez o árbitro deveria ter percebido dentro das quatro linhas a posição de Savarino, que estava muito perto da barreira gremista. A regra manda que os jogadores adversários estejam a pelo menos um metro de distância. Do contrário, um tiro livre indireto deve ser marcado. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira não percebeu isso. Cabe dizer que não houve falta de Savarino em Campaz no momento da cobrança de falta.
Por fim, nunca é demais reforçar as situações revisáveis do protocolo do VAR: pênaltis, gols, vermelho direto e erro de identidade na aplicação de cartões.