Tiago Nunes voltou ao campo nesta segunda-feira (7), felizmente, recuperado da covid-19. É algo a ser comemorado e saudado. Não têm sido fáceis os dias nesta mais nova onda da pandemia. Tiago volta ao trabalho com a chance de corrigir um equívoco que vem se repetindo em suas escolhas no meio-campo.
Thiago Santos ganhou cadeira cativa, com justiça. É um guardião da defesa necessário nessa ideia de jogo adotada. Porém, a segunda posição no tripé do meio-campo, vaga com a ida de Matheus Henrique para a Sérvia com a seleção olímpica, precisa ser melhor direcionada.
Há dois guris que clamam por uma oportunidade e que podem tornar a transição do time ainda mais rápida, uma das diretrizes do técnico desde que assumiu o comando há cerca de 45 dias.
Fernando Henrique, mesmo que seja visto na Arena como uma alternativa a Thiago Santos, tem capacidade e qualidade técnica para cumprir essa tarefa de conectar as duas áreas. Seu passe é vertical, e ele oferece a dinâmica que o meio-campo exige para fazer a saída rápida.
Logo atrás dele na fila está Victor Bobsin, um jogador de intensidade, boa chegada à frente e capacidade de recomposição. Os dois têm margem para crescimento. O que já falta a Lucas Silva. Embora o bom passe e a experiência, Lucas deixa o meio-campo mais arrastado e faz o jogo do Grêmio remeter à lentidão dos últimos tempos de Renato.
Nem cito Maicon, que virou uma boa alternativa para aqueles momentos em que o jogo pede mais cadência e controle. Tiago, nesta volta ao trabalho, tem chance de rever esse equívoco que vem se repetindo nos últimos jogos. Aliás, o domingo pela manhã, embora a fragilidade do Santa Cruz, serviu para os guris reafirmarem seus cartões de apresentação.