A partida de quinta será a última de Abel Braga nesta sétima passagem pelo Inter. A partir de sexta-feira, inicia-se a Era Miguel Ramírez no Beira-Rio. Para Abel, o adeus já está doce, por manter o time firme na disputa do título. Também pelo aspecto pessoal, por se tornar o treinador que mais comandou o clube, superando Teté, e por recuperar espaço no mercado.
Mas é evidente que essa despedida pode ser ainda mais doce e histórica, com a conquista do tetra. Convenhamos, se Abel der ao clube uma taça que não vem há 41 anos, isso é motivo suficiente para se pensar em uma homenagem do tamanho que ele merece. Até porque o combo composto pelo tetra, Libertadores e Mundial é um feito com tamanho de estátua.
O Brasileirão, depois de domingo, depende mais do São Paulo do que do Inter. Passa primeiro pelo que acontecerá no Morumbi a conquista do tetra. Até porque o mínimo que se espera do jogo no Beira-Rio é uma vitória.
Para tal, Abel não precisa mudar nomes nem acrescentar atacantes no time. Necessita, isso sim, mandar a campo o Inter com uma postura agressiva e com o temperamento que jogos decisivos exigem. Não é o comportamento quase passivo dos primeiros 20 minutos do Sport.
Foi por causa dele que deixou a fresta para que a derrota entrasse. O Inter, para ser campeão, tem de ser o do começo dos jogos contra Vasco e Flamengo, quando fez acontecer o jogo. Só assim ele terá chances de fazer da última dança de Abel um passo para que ele vire estátua.