A eleição do Inter entrou em um campo de incertezas. A cassação da chapa 3, Reage Inter, do candidato José Aquino Flôres de Camargo, deixou o cenário indefinido a cinco dias da data marcada para o pleito. A chapa prepara uma ação na Justiça, em busca de liminar que suspenda a decisão tomada pela Comissão Eleitoral na tarde desta quinta-feira (10), que tirou Aquino da disputa – assim como a sua nominata da corrida para renovação do Conselho Deliberativo.
A busca de reversão fora das instâncias do clube acrescenta mais pimenta nesse caldo espesso que virou a corrida eleitoral no Beira-Rio. Aliás, um caldo que vinha sendo cozido em fogo brando desde o ano passado e que transbordou a partir do final de setembro, quando o cenário ficou mais desenhado.
O fato é que neste momento nenhum sócio sabe como será a eleição de terça-feira. Pode ser que Aquino reverta na Justiça e volte à disputa. Por enquanto, Guinther Spode, da Chapa 1 e terceiro colocado no primeiro turno, ainda dentro do Conselho, voltou à disputa e ocupará o lugar do candidato cassado nesta quinta.
Pode ser também que a Justiça determine que a eleição seja suspensa até que se tenha uma decisão. A indefinição só resume o que virou a política do Inter, com tamanho fracionamento entre movimentos que, para a renovação das 150 cadeiras do Conselho, foram inscritas 11 chapas. Um número que remete ao futebol do campo, mas só remete. Porque, na verdade, a ebulição política fez o Inter se desmantelar e sair dos trilhos neste final de 2020, em que tinha tudo para, enfim, sair da fila de conquistas.