As eleições do Inter tiveram novo capítulo nesta quinta (10), com a decisão da Comissão Eleitoral que votou pela cassação da Chapa 3 (Reage Inter). Por seis votos a um, o colegiado decidiu impugnar as candidaturas ao Conselho de Gestão, representado por José Aquino Flôres de Camargo, e também dos demais concorrentes ao Conselho Deliberativo.
A decisão do colegiado é definitiva conforme o regimento interno do clube. Nesta quinta, o recurso apresentado pelos conselheiros Alfredo Somorovisky e Luiz Carlos Hauber foi negado. Em entrevista a GZH, o candidato José Aquino Flôres de Camargo disse que a decisão é um "golpe".
— Essa decisão é um absurdo, um golpe, uma excrescência. Eu diria que é uma marca negativa na história do Inter. Não tem o menor conteúdo. Imagina como alguma chapa vai ser responsabilizada objetivamente sem nenhum vinculo de seus integrantes com seus eleitores — declarou.
Ex-presidente do Tribunal de Justiça, Aquino diz que buscará a justiça comum para reverter a situação.
— Uma medida cautelar com pedido de efeito suspensivo para ver se conseguimos repor o estatuto, as regras do Inter. Elas foram jogadas para o espaço por alguém que assaltou o poder — denunciou, complementando: — Vou fazer o que precisar para resgatar a minha dignidade e a do Inter. Isso não pode acontecer.
A cassação atende ao pedido feito por três chapas concorrentes no pleito que acusam a 3 de acessar e utilizar dados pessoais de associados aptos ao voto. As denúncias foram apresentadas na última sexta-feira (4), após áudios e imagens de conversas entre conselheiros vinculados ao movimento Reage Inter levantaram suspeita de tal irregularidade eleitoral.