Renato precisará cuidar de Maicon como faria com um cristal raro. Ficou evidente na partida contra o Caxias a falta que o volante faz ao time. Não apenas por Maicon jogar futsal no campo, como bem definiu Abel Braga há dois anos. Mas também pelas lideranças anímica e técnica que exerce.
A saída de Everton no começo de agosto tirou do Grêmio o jogador que decidia e resolvia quando a situação apertava. Mais do que isso, era quem impedia o adversário de se sentir tão confiante na Arena, como aconteceu com o Caxias a partir da metade do primeiro tempo. Havia sempre a preocupação com o jogador que poderia decidir a qualquer momento. Não que Maicon vá fazer isso. Nunca fez e nem está em seu escopo. Só que nesse processo de transição da equipe, em que precisa encontrar soluções mais coletivas, faz falta um jogador para guiar os movimentos em campo.
Renato foi criticado por levar o volante, mesmo sabendo que teria condições para poucos minutos, a um jogo no qual o banco estava restrito a seis nomes. Porém, o próprio técnico sabe do que representa Maicon nesse momento. Será fundamental recuperá-lo para o setembro que começa com a obrigação de buscar a recuperação no Brasileirão e encaminhar a vaga na próxima fase da Libertadores.